fbpx

Publicado em: 22 de setembro de 2021


Síndrome de Burnout: o que é, sintomas e diferenças entre depressão e ansiedade

O nome Síndrome de Burnout vem do termo “Burn Out”, que traduzido do inglês, significa “queimar completamente”. Diante disso, a síndrome de Burnout — também conhecida como “Síndrome do Esgotamento Profissional” — é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes.

Podendo levar anos para que a pessoa desenvolva e atinja o pico de estresse, este distúrbio não acontece do dia para a noite. De acordo com pesquisas feitas pelo International Stress Management Association (ISMA-BR), o Burnout acomete cerca de 32% dos trabalhadores do país, sendo o excesso de trabalho a principal causa desta condição, esse é um quadro bastante comum entre profissionais que trabalham diariamente sob pressão, como médicos, cuidadores e professores.

Você também pode gostar de ler sobre:

Síndrome de Burnout e o Setembro Amarelo

Especialistas ressaltam ainda que os sintomas não devem ser minimizados ou ignorados, uma vez que podem evoluir para quadros mais graves como o estado de depressão profunda e, ocasionalmente, podendo resultar em suicídio, caso o paciente continue sem o devido acompanhamento.

Visando combater esse problema de saúde pública, no mês de setembro, é realizada a campanha de prevenção ao suicídio Setembro Amarelo, cujo objetivo é conscientizar a população abordando a gravidade do assunto e formas de evitá-lo, e uma das pautas atuais da campanha é justamente a prevenção deste distúrbio que cada vez mais vem acometendo pessoas em todo o mundo, principalmente os jovens da geração Millennials, que atualmente formam cerca de 50% da força do mercado de trabalho.

A Burnout e os Millennials

Como já pontuamos, existe uma grande relação entre este estado de exaustão extrema e a geração dos millennials, nascidos entre 1980 e 1995, que entraram no mercado de trabalho quando a internet deixou de ser apenas uma ferramenta engessada e passou a estar presente nos momentos corriqueiros da vida.

Segundo a autora do livro “Eu Não Aguento Mais Não Aguentar Mais”, Anne Helen Petersen, a geração enfrenta problemas originados da criação que tiverem combinados com o decaimento de garantias e proteções trabalhistas, resultando em carreiras incertas e promessas duvidosas. Como consequência, tem-se uma geração mais propensa a sucumbir aos males da Burnout.

Sintomas da Síndrome Burnout

Envolvendo problemas de nervosismo, sofrimentos psicológicos e também problemas físicos, a Síndrome de Burnout, muitas vezes, pode ser designada como um estágio que precede um quadro de depressão profunda.

A pessoa acaba sendo levada ao seu limite, físico e/ou emocional, sentindo-se extremamente cansada, desmotivada e esgotada. Sendo assim, é essencial procurar por um especialista uma vez que os sintomas aparecerem, que são eles:

  • Cansaço excessivo (físico e mental);
  • Dor de cabeça e no corpo frequente;
  • Insônia;
  • Pressão alta;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Pedra de apetite;
  • Dificuldade de concentração;
  • Negatividade constante;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Sentimento de incompetência, derrota e desesperança e
  • Isolamento social.

Como diferenciar: Síndrome de Burnout, Depressão e Transtorno de Ansiedade?

Por apresentarem sintomas similares, é muito comum que pessoas confundam a Síndrome de Burnout com depressão e/ou ansiedade. Mas apesar das semelhanças, as três condições são tratadas e classificadas de modo distinto pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até pouco tempo atrás, a Síndrome do Esgotamento Profissional não era qualificada como uma doença pela OMS. Apesar de afetar a saúde, tanto física como mental, e necessitar de tratamento especializado, foi somente no ano de 2019 que a organização oficializou a Burnout como uma condição médica, sendo incluída na nova Classificação Internacional de Doenças, prevista para entrar em vigor a partir de Janeiro de 2022.

Diante disso, pode-se dizer que enquanto a Burnout é caracterizada como um fenômeno ocupacional, um tipo de estresse que não se aplica a outras áreas da vida fora de ambientes profissionais, a ansiedade, por sua vez, é um distúrbio qualificado quando os sentimentos se tornam excessivos, obsessivos e interferem na vida cotidiana, impossibilitando que a pessoa se atenha ao presente. Já a depressão, é o distúrbio mais grave do espectro neuropatológico. É uma doença crônica que pode afetar pessoas de todas as idades e, no pior dos cenários, podendo levar o paciente a cometer auto suicídio.

Em vista disso, é importante enfatizar a necessidade de procurar ajuda de um profissional capacitado uma vez que os sintomas forem apresentados, para que seja dado o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Não hesite em buscar apoio. No Brasil existe uma instituição que oferece apoio emocional e atua na prevenção do suicídio, o Centro de Valorização da Vida (CVV). Caso precise conversar, disque 188 e efetue a ligação. A linha  funciona  24 horas por dia, em todos os dias da semana.

Tratamentos

Uma vez que os sintomas forem correlacionados e a Síndrome de Burnout for diagnosticada por um profissional especialista – Psicólogo ou Psiquiatra -, após uma análise clínica do paciente, é então iniciada a etapa do tratamento. No qual, geralmente, é recomendada a realização de sessões de psicoterapia frequentes, podendo ser combinadas com o uso de medicamentos, como antidepressivos e/ou ansiolíticos. Surtindo efeito dentro de três meses (podendo variar de acordo com cada caso).

Visando amenizar os sintomas, aliviar o estresse e melhorar consideravelmente a vida cotidiana do paciente, é indicado que o mesmo implemente mudanças significativas no seu estilo de vida, incluindo a prática diária de atividades físicas e exercícios de relaxamento rotineiros, além de modificações nas condições de trabalho.

Perguntas frequentes sobre a Síndrome de Burnout

Tenho receio de falar sobre meu estado ao RH e sofrer alguma retaliação. O que posso fazer?

Neste caso, é recomendado sempre procurar um atendimento médico e/ou psicológico. A partir de então, o profissional irá procurar entender a melhor maneira de resolver a situação sem que você saia prejudicado(a).

Portadores de burnout possuem direito a licença médica?

Sim. De acordo com a legislação atual, pessoas diagnosticadas com a Síndrome de Burnout têm esse direito e, em casos mais graves, existe até mesmo a possibilidade de aposentadoria por invalidez.

Qual profissional de saúde devo ir atrás?

Um psiquiatra ou psicoterapeuta é a melhor opção. Ambos poderão atuar receitando um tratamento com terapia cognitiva comportamental ou alguma outra forma de atendimento psicológico. Em alguns casos, é possível que o profissional receite o uso de antidepressivos para um tratamento mais efetivo.

Como posso saber se uma pessoa está com problemas de esgotamento profissional?

Normalmente é possível identificar quando uma pessoa está sobrecarregada por conta do trabalho. Dê atenção se ela faz uso exagerado de estimulantes, tais como inibidores de sono, refrigerantes, café, cigarro etc. É possível que o consumo de álcool também aumente nesses casos, geralmente pessoas mais próximas conseguem notar a mudança.

 

Fonte: Ministério da Saúde/Folha

Compartilhe também:

Você pode gostar de ler também

As principais doenças do século 21

As principais doenças do século 21

Com o avanço do tempo, a modernidade trouxe alguns fatores que são diretamente responsáveis por alguns transtornos psicológicos: uma rotina atribulada de muito trabalho ou estudo (ou até mesmo os dois...

Plural Saúde
  • Plural Saúde nas redes socias
x

Precisando da 2ª via do boleto?

Digite o CNPJ e retire a 2ª via de boleto

Campo de preenchimento obrigatório

Boletos vencidos podem ser pagos em qualquer banco.