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Publicado em: 29 de julho de 2022


Varíola dos macacos (Monkeypox): O que você precisa saber

O número de casos da varíola dos macacos ou Monkeypox, como também é conhecida, tem aumentado e muito nos últimos meses, deixando um alerta mundial. Por conta disso, a fim de garantir um melhor entendimento acerca do assunto, esclarecer possíveis dúvidas e desmentir falsas informações que vêm sendo compartilhadas frequentemente, é importante ressaltar as medidas de proteção e prevenção recomendadas, bem como os sintomas da doença, suas formas de transmissão e os métodos viáveis de tratamento.

Como a varíola dos macacos pode ser transmitida?

Pessoas com varíola dos macacos podem transmitir a doença enquanto apresentam sintomas, normalmente entre duas e quatro semana após o contágio. Por ser uma doença viral, a varíola dos macacos é transmitida através do contato direto com as lesões de pessoas infectadas. A erupção cutânea (exantema), os fluidos corporais (tais como fluido, pus ou sangue de lesões cutâneas) e as crostas são particularmente infecciosos. Além disso, a transmissão também acontece via secreções respiratórias ou pelo contato com objetos, superfícies, roupas, lençóis ou toalhas utilizadas por pessoas contaminadas.

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem transmitir a doença. Isso significa que o vírus pode se propagar através da saliva. Por isso, as pessoas que têm contato próximo com alguém doente, incluindo profissionais da saúde, membros de residência e parceiros sexuais possuem um maior risco de infecção.

Não existem informações concretas de que pessoas sem sintomas consigam propagar a doença. Já o período de incubação do vírus geralmente acontece dentro de seis a treze dias, podendo variar de 5 até 21 dias. O vírus também pode ser transmitido da mãe para o feto a partir da placenta, ou de um pai infectado para seu filho após o nascimento através do contato da pele.

De acordo com dados científicos, é provável que indivíduos vacinados contra a varíola tenham alguma proteção contra a varíola dos macacos. Todavia, após o decreto da erradicação da doença em 1980, pessoas mais novas podem não possuir a imunidade advinda da vacina. E mesmo pessoas vacinadas precisam sim adotar táticas de prevenção contra a varíola dos macacos, para se proteger e protegerem os demais.

Como posso me proteger da varíola dos macacos?

A principal proteção é reduzindo o contato com pessoas que estão sob suspeita da doença ou que já foram confirmadas com a varíola dos macacos.

Ao precisar se aproximar fisicamente de alguém que esteja com a doença, você e a pessoa doente devem utilizar uma máscara de proteção, principalmente se ela possuir lesões na boca ou apresentar tosse. Evite o contato pele com pele sempre que possível e use luvas descartáveis se precisar ter algum contato direto com as lesões. Procure utilizar luva e máscara ao tocar roupas, roupas de cama caso a pessoa infectada não possa manuseá-los.

Lavar as mãos também é de grande importância ou mesmo a utilização do álcool em gel, principalmente após contato com pessoas ou superfícies infectadas. Lave as roupas, toalhas, lençóis e utensílios de alimentação da pessoa infectada com água morna e detergente. Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descarte os resíduos contaminados (curativos, por exemplo) de forma adequada.

São considerados casos de risco pacientes imunossuprimidos, com doenças autoimunes, gestantes e crianças menores de 8 anos.

Risco de transmissão

Maior Risco:

  • Contato direto com lesões de pele, crostas (casquinhas) e fluidos corporais;
  • Contato sexual ou íntimo (importante lembrar que a camisinha não previne a transmissão de Monkeypox).

Risco Aumentado:

  • Beijar;
  • Contato pele com pele;
  • Estar em um ambiente fechado com muitas pessoas sem camisa, ou não completamente vestidas.

Risco intermediário:

  • Compartilhar bebidas, talheres e utensílios;
  • Compartilhar a cama, toalhas e itens de higiene;
  • Estar em um ambiente fechado com pessoas completamente vestidas.

Risco baixo (improvável):

Quais são os sintomas da varíola dos macacos (Monkeypox)?

Os sintomas iniciais geralmente incluem febre, dores musculares e na cabeça, linfonodos inchados, calafrios e fadiga. E passados cerca de 3 dias após o início dos sintomas, a doença causa erupções cutâneas por todo o corpo (rosto, mãos, pés, olhos, bocas ou genitais) que podem ser desconfortáveis, dolorosas e causar coceiras.

O que devo fazer se achar que estou com a doença?

Ao identificar possíveis sintomas ou mesmo se teve contato próximo com alguém infectado com a varíola dos macacos, faça contato com um atendimento de saúde para avaliação, aconselhamento e assistência médica. Se possível, tente se isolar e evite o contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e adote as medidas de prevenção indicadas acima.

Como tratar a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é causada pelo vírus Monkeypox, que por sua vez provoca uma doença mais branda que a varíola dos humanos, causada pelo vírus Smallpox, que foi erradicada na década de 80 graças a uma campanha de vacinação em massa – Inclusive, foi observado que esta mesma vacina para varíola tradicional apresenta cerca de 85% de eficácia para a prevenção da varíola dos macacos. Contudo, não existe vacina o suficiente para toda a população, e tão pouco a OMS enxerga que tal medida é necessária no momento.

No mais, não existe um tratamento específico; os quadros clínicos costumam ser leves e, portanto, a doença pode e vem sendo tratada com cuidados regulares e de forma conservadora. Apenas especialistas recomendam lavar e secar as feridas de maneiras cuidadosa ou, se possível, cobrindo-as com algum curativo para proteger a área, se necessário. Evite também tocar em qualquer ferida na boca ou nos olhos. Enxaguantes bucais e colírios podem ser utilizados desde que sejam livres de cortisona.

Proteja-se e cuide-se no Plural!

 

Fonte: Ministério da Saúde/OMS/ CDC/NBC Chicago/Nações Unidas Brasil

 

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